sexta-feira, maio 18, 2007

Ainda aqui estão?

A malta voltou...


todos a

www.maradosdatasca.blogspot.com

quarta-feira, julho 26, 2006

SIMÃO SABROSA

Ao tempo que escrevo, não sei se Simão Sabrosa está já com destino certo para Valência. Provavelmente sim.
O último «capitão» deixa assim o nosso Glorioso clube, sem que seja permitido aos benfiquistas homenagear o seu mais emblemático jogador dos últimos anos. Talvez porque Rui Costa é um anestésico suficientemente poderoso para nos distrair do passado recente…
É preciso não esquecer o que Simão representou para o Benfica, as alegrias que deu aos adeptos com o seu futebol espectacular e os títulos que ajudou a conquistar com a águia ao peito. Ele foi o elemento chave da recuperação da mística do maior clube de Portugal.
Por tudo o que nos deste, obrigado Simão. Bem haja, e de pé, te aplaudimos.
Se assim tiver mesmo de ser, um até breve.
_____________________________________
Contra o
Terrorismo de Estado
Com os libaneses e com os palestinianos no nosso coração.

Tão perto e tão longe
Anabela Fino

Israel está a bombardear o Líbano desde o passado dia 12, no que diz ser uma resposta ao sequestro de dois soldados seus pelo Hezbollah. A operação, segundo o chefe de Estado Maior adjunto do exército israelita, general Moshé Kaplinski, deverá prolongar-se pelo menos por mais uma semana. No encerramento desta edição, o número de mortos ascendia já a duas centenas e meia, enquanto a destruição de edifícios e infra-estruturas (pontes, estradas, aeroporto, centrais de electricidade e abastecimento de água, entre outras) prosseguia a um ritmo devastador. Longe do cenário de guerra – onde não chega o cheiro a sangue, nem os gritos de dor, nem os estilhaços das bombas, nem o som das derrocadas, nem o aguilhoar do medo sem medida –, lá longe, dizia, a União Europeia condena os ataques do Hezbollah e o rapto dos dois soldados israelitas, exigindo a sua libertação imediata, e pede «contenção» a Israel, cujo direito à autodefesa não contesta. Igualmente longe do cenário de guerra – onde as imagens das crianças mortas, se é que chegam, causam tanta emoção como as das chacinadas alegremente por heróis de jogos de vídeo; onde a dor sem remédio de perder um filho é medida por bitolas que distinguem aliados de adversários; onde os direitos de uns não fazem sequer sentido fora do âmbito dos interesses de outros –, lá longe, dizia, o Conselho de Segurança da ONU não conseguiu sequer produzir um comunicado sobre a situação no Líbano, já que os EUA rejeitam a exigência de um cessar-fogo até que Israel dê por concluída a «operação» que está a levar a cabo. Mais longe ainda do cenário de guerra – e todavia tão próximo dos que usam e abusam do poder de exterminar povos, invadir países e semear a destruição –, lá longe, dizia, na cimeira do G8, Bush e Blair mostraram involuntariamente ao mundo como de facto encaram a carnificina que está a ser cometida no Líbano, ao falarem sem dar conta que os microfones (e as câmaras) da reunião estavam ainda ligados. «O que é preciso é envolver a Síria, de forma a que o Hezbollah pare de fazer merda e pronto», disse Bush, mais preocupado em regressar a casa do que com os mortos no Líbano ou em qualquer outro lugar do planeta. Amanhã, como ontem, a Casa Branca e as centrais de desinformação farão saber que o «eixo do mal» – para o caso Síria e Irão – são os verdadeiros responsáveis pelas vítimas das bombas israelitas e que não há vida que valha os interesses do império. Enquanto isso, Israel vai continuar a sacrificar os seus próprios filhos, distinguindo-os apenas com a duvidosa honra de considerar que o seu sangue derramado vale infinitamente mais do que o sangue dos filhos alheios, pelo que por cada um que tombar há que matar centenas de outros. Esta contabilidade macabra não resgatará nenhum da morte, não aliviará a dor do luto, não encherá o vazio da perda, mas contribuirá sem dúvida, como até aqui, para estimular o ódio e alimentar a intolerância mútua. Longe, muito longe das bombas e das vidas ceifadas, os senhores da guerra e seus acólitos congratulam-se. As armas vendem-se como tremoço, o petróleo sobe, os lucros aumentam, o negócio vai bem e recomenda-se.
Publicado in Avante!
pela humanidade, também em

sexta-feira, julho 14, 2006

SEXO, SEXO, SEXO (2)

Lisboa está mesmo ao rubro. Depois dos festejos do Mundial, depois do debate do Estado da Nação, eis o 2º Salão Internacional Erótico de Lisboa, epíteto velado para a grande “feira do sexo”. Até domingo, na FIL.

C
omo é certo e sabido, as almas puritanas espreitam os acontecimentos pelo buraco da fechadura enquanto os libertinos se divertem. O cardápio é extenso e vai do “swing” ao “na cama com a sua vedeta porno preferida”, passando por bizarrias com correntes e outros artefactos. A organização é maioritariamente espanhola e não deixa nada ao acaso, nem sequer o ingresso de entrada custar 20 euros para permitir apenas uma olhada. Extras, são pagos à parte!
CONTRADITÓRIO: A «Gazeta», assumindo o seu quê de libertinagem no apoio a todos os eventos do género decidiu, em nome do direito de opinião, dar voz ao diácono Melo Santo, presidente da Associação Para a Veneração do Papa Bento XVI e principal responsável nos sectores eclesiásticos de oposição à realização em Portugal deste tipo de certames. Aqui fica um excerto do comunicado enviado à nossa redacção:

«(…) Não falo só em nome dos católicos portugueses, falo também em nome das famílias que este fim de semana vão passear ao Parque das Nações e se arriscam a deparar com actrizes pornográficas que batem recordes do Guiness a retirar metros e metros de objectos da boca do corpo. Falo em nome dos bons princípios da moral porque isto de ir ao Salão Erótico é pecado. Tudo aquilo é pecado. (…) Acompanhado pela minha alma purificada, eu, homem de bem, irei como observador atento para me inteirar dos factos do demónio e explicar ainda com maior pormenor ao meu rebanho o que se está a passar neste libidinoso mundo em que vivemos. Meus irmãos, abstenham-se de ir a estas evocações do demónio. Escutem a voz do nosso venerado Papa nas suas encíclicas, em nome de Deus, da Santa Igreja e da família (…)»

quarta-feira, julho 12, 2006

NA RESSACA DO MUNDIAL

Uma Crónica do
Repórter X

Acabou o Mundial. Subitamente as nossas vidas parecem deixar de fazer sentido. Onde está a joga de fim de tarde acompanhada por rios de cerveja, a especulação em redor das tácticas, a simulação de resultados em tabelas de excel... Agora imaginem eu, repórter activo na arte de acompanhar os factos ali tão perto, habituando-me ao estilo de vida germânico, onde a cerveja está sempre presente, os panados sempre quentes e as salsichas nunca acabam.

Adeus bela Estugarda, cidade rodeada de florestas. Pena que não tenha acabado bem... Estava crente na hipótese de regressar a Portugal com o gosto de ter toc
ado numa medalha, mesmo que de bronze, facultada pela boa vontade de um dos nossos jogadores. E, um dia antes do jogo das meias finais, ia jurando que estaria dois dias depois a beber pills em plena Alexanderplatz. Lá foi a bela camarada italiana com quem partilhei largas doses de chucrute para Berlim... e eu, infiltrado na mega equipe de jornalistas e convidados da RTP, segui para sudeste, rumo à cidade da Mercedes. O Mundial foi mesmo uma festa, mesmo que tenha sido a Itália a levar o “caneco” e os franceses primeiro, os alemães depois, a estragarem-nos a grande e imemorial farra!

De volta à Pátria, lá foram os “heróis” do nosso “nobre povo” desfilar do aeroporto ao Jam
or. E eu fui lendo os jornais requentados pelo calor dos dias. Lá dei conta que o Freitas abandonou o Governo, que o Ramos Horta e os australianos conseguiram tomar Timor ao Alcatiri, que o País continua mergulhado nos habituais problemas do défice, do desemprego, da sustentabilidade da segurança social, etc. Posto isto, bateram umas valentes saudades do Mundial e da Alemanha. Por sorte, vejo que hoje transmitem o Benfica contra o Shaktar Donetsk da Ucrânia. Valha-nos agora o «Glorioso», uma garrafinha de Borba tinto e uma apetitosa feijoada à transmontana, mesmo que ali na rua estejam para cima de 30 graus de temperatura. E eu quase, quase de férias.

terça-feira, julho 11, 2006

SEXO, SEXO, SEXO

Acabados que estão os pontapés na bola ao nível «mundial» - viva a “pré-época”! -, rejubilemos com o governo por uma fracção de decréscimo do desemprego em Portugal e por umas milésimas de crescimento económico que se registaram há apenas uns meses… Contentes? Creio que sim… mas, pouco interessados (e com razão!). Bem sei… falemos então de SEXO! (e não acreditem naquela anedota que hoje circula pelos jornais acerca de uma eventual isenção de IRS aos prémios de jogo dos jogadores da Selecção; a ser verdade, seria pornografia pura e dura, e jamais podemos crer que passasse tal ideia naquela cabecita brilhante do Sr. Madaíl!)

Abre ao público já no próximo dia 13, o Salão Internacional Erótico de Lisboa e, a julgar pela lista de convidados e participantes, Lisboa vai escaldar. O primeiro destaque que a «Gazeta» faz ao evento prende-se com a presença confirmada da grande vedeta da porno espanhola Sónia Baby. A jovem de 24 anos tem um passado circense e nem por isso descura as raízes, prometendo para Lisboa autênticas acrobacias «vaginais» nunca antes vistas por terras lusas. Não acreditam? Então fi
quem sabendo que Baby promete bater um recorde que há-de figurar no Guiness Book of Records. Se não acreditam, leiam a entrevista dada pela actriz no Diário Digital (basta clicar).
As Frases de Baby
Sobre a actuação no SIEL, «Irei escrever com a vagina, retirar bandeiras e bolas de pingue-pongue. Vai ser um pouco de tudo»
Sobre o início da carreira, «Estava numa sala e um amigo meu, que fazia filmes pornográficos, pediu-me para ajudá-lo depois de lhe ter falhado uma companheira. Ele tinha de fazer o espectáculo e, sem pensar, decidi fazê-lo. Depois disso surgiram algumas ofertas»
Sobre os pénis, «Não, não importa o tamanho»
Sobre aquilo que é mais importante, «É preciso ter umas boas mãos e saber fazer oral»
Sobre a posição favorita, «Em cima dele, dominando. Pum! Pum! Pum!»

NOTA DA REDACÇÃO: a peça que acabam de ler era para ter sido composta por um dos jornalistas da «Gazeta», porém, o pobre e destacado profissional não resistiu sabe-se lá a quê durante a entrevista que fazia a Sónia Baby, encontrando-se hospitalizado, com diagnóstico reservado e, até agora, confidencial. Daqui lhe enviamos as rápidas melhoras em nome de todos os leitores e redacção.

domingo, julho 09, 2006

QUARTO LUGAR

*ALEMANHA - 3 PORTUGAL - 1
Durante cerca de um mês, aquilo que parecia praticamente impossível aconteceu. Portugal chegou a ser um candidato plausível à vitória na mais importante das provas de futebol, o Mundial. De facto, há uma semana atrás, logo após o desfecho dos quartos de final, assim nos pareceu. Até que, num jogo algo inglório, de novo a França veio fazer justiça ao seu estatuto de «besta negra» do futebol português.

Ontem, naquela espécie de final dos desolados, Portugal mediu forças com a equipa da casa e acabou por perder naturalmente. Tal como com a França, a Selecção nem sequer jogou mal mas, faltou qualquer coisa. Um rasgo de génio, uma finalização acertiva no momento exacto ou aquele que é o factor natural do jogo, ou seja, a sorte! Portugal saiu vergado por um 3-1 algo injusto, poré
m, ilustrativo daquelas debilidades que há muito tempo os críticos de Scolari não obstavam apontar.

A perder (de novo!), a Selecção mostrou toda a sua inflexibilidade táctica, e por isso, o registo glorioso dos «Magriços» em 66 continuou por igualar. Frente à Alemanha, Portugal pecou por não ter soluções efectivas em muitas posições do terreno. E o certo é que essas soluções até talvez existissem. A utilização de Nuno Gomes para jogar os últimos vinte minutos demonstraram precisamente isso. A surpreendente terceira escolha do ataque português mostrou que afinal estava lá, e quem sabe se no momento certo não pudesse ter sido ele a dar asas ao sonho.

Portugal fez um bom Mundial. Isso é inquestionável! Faltou um pouco mais de chama para ter sido muito bom ou excelente. Apesar das críticas absurdas dos adversários e da imprensa estrangeira, mostrou-se que não terá sido à toa que Portugal chegou a vice-ca
mpeão europeu. Por isso, a Selecção Nacional merece os parabéns e uma homenagem condigna dos adeptos portugueses que acreditaram até ao fim.

ADEUS FIGO. O «capitão», o mais emblemático e talentoso jogador português dos últimos quinze anos despediu-se ontem da Selecção Nacional. E desta vez, é mesmo a sério! Vamos sentir a falta do seu génio e da sua força em campo. Um jogador como Luís Figo não é substituível. Tal como Eusébio ainda hoje, a sua marca perdurará anos fora.
Pedro Pauleta, o goleador máximo de Portugal, anunc
iou também que abandona a Selecção. É também para ele o fim de um ciclo. Felicidades para o "açor"!
_______________
UM SALTO A NYON. Horas antes do jogo Alemanha – Portugal, o Benfica vencia o Nyon por 3-0, com Marcel a bisar. Foi o jogo de regresso de Rui Costa. E, caros benfiquistas, quem sabe não esquece, e o «10» mostrou que está aí para uma grande época. Fernando Santos pode estar descansado!
HOJE, HÁ FESTA NO JAMOR!

quinta-feira, julho 06, 2006

FIM DO SONHO

Meias Finais do Campeonato do
Mundo de Futebol 2006
PORTUGAL - 0 FRANÇA - 1
Scolari,
Onde pára Nuno Gomes???
_para o bronze..._
SÁBADO, 20 HORAS
ALEMANHA-PORTUGAL

quarta-feira, julho 05, 2006

VENCER EM MUNIQUE

... PARA CHEGAR A BERLIM
Repórter X
correspondente «GB»
no Mundial 2006

Daqui a cerca de onze horas, Portugal e França iniciam a disputa por um lugar na final do Campeonato do Mundo de Futebol. A tradição está com a França, mas depois de tudo o que vimos durante esta competição, a vontade está certamente com Portugal. E, como se diz, querer muito é poder.

Há seis anos atrás, no fulgor da «geração Zidane», Portugal esteve a um passo de eliminar essa selecção que era campeã do mundo e a grande favorita a vencer o Euro 2000. Começámos tão bem… com um golo fabuloso de Nuno Gomes a meio da primeira parte. Mas depois veio o sufoco francês, um golo, e ao cair do pano, quase no fim do prolongamento, o árbitro assinala um polémico penalti sobre uma suposta mão na bola de Abel Xavier. Zidane convertia a grande penalidade e acabava o jogo… eram os tempos do «golo de ouro» e acabava-se o sonho para a equipa de Figo, Rui Costa e João Vieira Pinto!

Hoje, tanto mudou… A «geração Zidane» está no fim da carreira e Portugal tem um seleccionador brasileiro capaz de garantir motivação suficiente para que uma equipa tenha a força e a vontade de vencer tudo e todos, independentemente, do poderio dos adversários. Por isso, em Portugal, na Alemanha e em toda a parte do mundo em que respiram portugueses há, como nunca, confiança na vitória! A Itália já nos espera na Final de Berlim. Hoje, na capital da Baviera, a bela Munique, sairá para o Mundo um muito forte grito de FORÇA PORTUGAL!

O QUE ELE DISSE. Frank "Scarface" Ribéry, jogador francês do Marselha e uma das revelações do torneio, até pode ser um dos extremos mais perigosos deste Mundial mas, parece ser no campo do humor que o rapaz poderá vir a fazer uns trocos extra. Ou seja, quando questionado sobre o Seleccionador Português e campeão do mundo com o Brasil em 2002, disparou: «Scolari é um excelente jogador»! Pois, afinal «foi confusão», corrige. E Pauleta, um dos mais destacados jogadores do campeonato francês? «Um dos melhores jogadores franceses da actualidade…». Pois, foi confusão de novo! O Pauleta até é açoreano e português… e não joga na selecção francesa. Terá sido a pronuncia que confundiu Ribéry?

domingo, julho 02, 2006

HISTÓRICO

Quartos de Final do Campeonato
do Mundo de Futebol 2006

PORTUGAL - 0 INGLATERRA - 0 *

(* 3 - 1, após grandes penalidades)

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Repórter X
Correspondente «GB»
No Mundial 2006

Ontem, 1 de Julho de 2006, ao quinto jogo do Mundial, a Selecção Nacional marcou indelevelmente o desporto nacional. Tal como há 40 anos atrás, Portugal qualifica-se para as meias-finais e afirma-se definitivamente como uma das equipas favoritas à vitória final. E, se nos tempos de Eusébio, Torres e Coluna, Portugal era visto como a surpresa vinda daquele periférico país cinzento, governado com mão de ferro por um ditadorzeco, hoje, são os vice-campeões da Europa que mostram ao mundo que não foi por acaso que aconteceu aquela classificação no Euro 2004, e nem terá sido somente o factor “casa” a patrocinar os resultados alcançados.

Claro que, perante tanta selecção com historial nas competições ou com um enorme poder económico-financeiro ainda em competição, torna-se fácil dizer que esses pelintras do sul da Europa são batoteiros, arruaceiros e provocadores, como se nos pés de Figo, de Ronaldo, de Simão ou de Deco (que até nem jogou!) não houvesse futebol suficiente para derrotar qualquer adversário. O jogo de ontem mostrou isso precisamente. Pode não ter havido tanto brilho como noutras ocasiões – sejamos realistas: o jogo foi fraco! – mas houve, novamente, essa vontade imensa de ultrapassar os obstáculos, as adversidades e até as manhas e o anti-jogo dos adversários que crêem nessas nossas alegadas «batotas» lusitanas.

Ontem, houve uma equipa, Portugal, donde se destacou um guarda redes por ventura pouco virtuoso, mas talhado para defender pénaltis batidos por súbditos da Rainha. Grande Ricardo que abateu os medos, os receios e as limitações humanas e se fez herói; não é para todos, repetir um feito e ainda se dar ao luxo de bater o recorde de defesas de grandes penalidades em campeonatos do mundo. E, acrescente-se, os oponentes nesse duelo vencido em nome de Portugal eram somente alguns dos melhores executantes do mundo, ou não fossem eles Lampard e Gerrard. Ricardo foi, uma vez mais, demasiado grande para eles, para as suas camisolas e para os seus talentos. A ele agradecemos o feito, mas também a Luis Felipe Scolari.

Teimosamente, naquele jeito de «sargentão», Scolari vai apresentando resultados inéditos por estas bandas, mesmo que, abatendo todas as regras da lógica. No fundo, Scolari sabe que isto do futebol é apenas um bocadinho ou nada de lógica, ou não fosse este o jogo que nos faz vibrar e sonhar, e até perder a razão ao ponto de crer que a Senhora do Caravagio que o «Felipão» trouxe do Brasil está em campo e joga que se farta!

sexta-feira, junho 30, 2006

SEM MEDO

Repórter X
Correspondente «GB»
No Mundial 2006

Depois daquela que é já conhecida nos meios futebolisticos como a «batalha de Nuremberga», os heróicos jogadores portugueses estão a pouco mais de vinte e quatro horas de travarem mais um duelo histórico com a Inglaterra. Uma vez que nesta altura da prova não existem propriamente favoritos, e apesar da Selecção Nacional não poder contar com Deco e Costinha, a história recente tem sido bem favorável às cores lusas nos últimos jogos disputados com os ingleses.

Seremos então os favoritos? De certa forma, sim. Portugal pode entrar em campo num estado anímico mais favorável, até porque o objectivo mínimo proposto por Scolari no início do Mundial até já foi atingido, e cabe à Inglaterra fazer esquecer o fracasso no Euro 2004, devido precisamente ao jogo dos quartos de final disputado com Portugal. Para além disso, Portugal pode não ter tantos nomes sonantes mas tem uma equipa dedicada até ao limite das suas forças; a Inglaterra, pelo contrário, parece ainda andar em busca da melhor forma para fazer "render" tantas estrelas e, como se sabe, a relação de algumas delas com o treinador Eriksson não é propriamente a melhor.

Amanhã às 16 horas, todos os corações em Gelsenkirchen, para o jogo que pode colocar, de novo, Portugal numa meia final do campeonato do mundo de futebol, quarenta anos depois. Ao rubro, vamos apoiar a Selecção e reeditar a letra original do hino nacional que dizia «contra os bretões, marchar, marchar!».


OS GOLOS DE PAULETA. O avançado açoreano pode não estar a ser o goleador que tanta falta nos faz mas, na passada quarta feira, foram grandiosos os “golos” que marcou em plena sala de imprensa perante as provocações claras dos jornalistas britânicos, e não só: «Não temos medo de ninguém, se souberem um pouco da história de Portugal, podem ver que os portugueses não têm medo de ninguém, têm respeito, mas não têm medo». Mas Pauleta não se ficou por aqui, e às considerações do seleccionador e dos jornalistas brasileiros acerca do Portugal-Holanda, respondeu: «Se ouvirem as declarações do treinador do Brasil, percebem o que estou a dizer. Se há equipas que são mais beneficiadas e mais respeitadas em todos os mundiais, o Brasil é uma delas».
Quem fala assim, só pode ser certeiro! Força Pauleta, força Portugal!